Elis

Morro Velho
.
No sertão da minha terra
Fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força
Parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro
E ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada de viola em vez de enxada
.
Filho de branco e do preto
Correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro
Crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
.
Peixe bom dá no riacho
De água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhos camarada conta histórias pra moçada
.
Filho do sinhô vai embora
É tempo e estudo na cidade grande
Parte, tem olhos tristes
Deixando o companheiro na estação distante
"Não me esqueça amigo, eu vou voltar"
Some longe o trenzinho ao deus-dará
.
Quando volta já é outro
Trouxe até sinhá-mocinha para apresentar
Linda como a luz da lua
Que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor
E agora na fazenda é quem vai mandar
Seu velho camarada já não brinca, mas trabalha
.

Composição: Milton Nascimento
.
Só por que eu amo ela, até foi aniversario dela e eu nem fiz nenhum poste, e o meu blog só faz sentido com ela... na verdade sem ela muita coisa não teria sentido... mas enfim.
Nada será como antes...
_

Comentários