Chiquinha Gonzaga

Ser mulher e artista nos século XIX era praticamente inconciliável. Mas Francisca Edwiges Neves Gonzaga, nascida no Rio em 17 de outubro de 1847, nunca se deu por vencida. Viveu muito, 87 anos, deixando um legado de aproximadamente 300 composições e contribuindo para a formação do que é, hoje, a música popular brasileira. Foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil e participou dos movimentos abolicionista e republicano, que mudaram os rumos do país. Foi defensora dos direitos autorais dos compositores, sendo uma das fundadoras da SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais).

Neta de uma escrava alforriada, Chiquinha Gonzaga teve ativa participação no Movimento Abolicionista, que culminou com a libertação dos escravos no Brasil em 1888. Estava ao lado de nomes históricos do movimento, como Paula Nei, Lopes Trovão e José do Patrocínio.
Chiquinha se engajou também no Movimento Republicano, que lutava pela queda da monarquia. Fato conquistado em 1889. Mas logo se decepcionou com o novo governo. Em 1893, durante a Revolta da Armada, sua música "Aperte o Botão" foi considerada ofensiva pelo então presidente Floriano Peixoto. A partitura foi apreendida e ela chegou a receber ordem de prisão, que não se concretizou por ter pessoas influentes na família.


O disco > Coleção Folha Raízes Da MPB 18 Chiquinha Gonzaga
traz grandes interpretes representando suas peças
.
ATRAENTE - Pixinguinha e Benedito Lacerda (1950)
LUA BRANCA - Joanna (1999)
CORTA-JACA - Abel Ferreira (1976)
YARA - Clara Sverner (1979)
DAY-BREAK AINDA NÃO MORREU - Clara Sverner (1979)
PLANGENTE - Clara Sverner (1979)
SONHANDO - Clara Sverner (1979)
BIÓNNE - Clara Sverner (1980)
EM GUARDA! - Clara Sverner (1980)
DANÇA BRASILEIRA - Clara Sverner (1980)
AMAPÁ - Paulo Moura e Clara Sverner (1986)
LO T'AMO - Paulo Moura e Clara Sverner (1986)
LAURITA - Clara Sverner (1980)
SULTANA - Choro de Antigamente (1980)


*No arquivo: Capa e mais de sua historia

.

Comentários