Geraldo Vandré

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias
(João Pessoa, 12 de setembro de 1935)
É um cantor e compositor Brasileiro.

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na
Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Militante estudantil, participou ativamente do
Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando.

A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores.


Censura, AI-5

Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que ele teria sofrido. Dizem que uma das agressões físicas que sofreu foi ter os testículos extirpados, após a realização de um show, por policiais da repressão. O músico, no entanto, nega que tenha sido torturado e diz que só não se apresenta mais porque sua imagem de "Che Guevara Cantor" abafa sua obra.

Pra não dizer que não falei de flores

...Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

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